quinta-feira, 2 de abril de 2015

WHIPLASH


Whiplash foi um dos indicados a melhor filme na ultima premiação do Oscar, e acabou perdendo para Birdman. Mas não pensem que a decisão foi folgada.
Whiplash conta a historia de Andrew, um jovem baterista de jazz que está no primeiro ano de um renomado Conservatório na cidade de Nova York, e que consegue a chance de tocar em uma famosa banda de um regente muito respeitado, Terence Fletcher, que não pega muito leve com os alunos. A trama vai girar em torno da pressão que o Andrew vai sofrer para tocar no “maldito ritmo” como diria Fletcher hahaha




A historia como podem ver, é relativamente simples, e até bastante parecida com a do próprio Birdman, que também mostra as dificuldades de um ator que está buscando por uma oportunidade de se destacar nos teatros. Birdman tem um elenco de maior peso, tem mais diálogos, uns elementos interessantes surpresa (sem spoiler de um filme na analise de outro, por favor, né) e uma movimentação bem legal pelo fato de o filme ser gravado com tomadas longas, sem cortes.

Mas entrando no assunto movimentação, Whiplash não fica pra trás. A trilha sonora do filme é um show a parte. Músicas agitadas, em ritmos rápidos, que aceleram o filme (e a nossa percepção também) e dão trabalho ao personagem. O próprio nome do filme é a primeira musica que Andrew tem que aprender na sua nova banda.
A fotografia do filme foi muito bem feita, pois os enquadramentos valorizaram muito o “pequeno” espaço que ocupa uma bateria. Entre caixa, pratos e bumbos, os cortes acompanham o ritmo das musicas, que são bem aceleradas, e isso faz a gente sentir o desespero que o Andrew deve passar.


Falando em Andrew, muitos falaram da ótima escolha do ator Miles Teller pro papel. Nós achamos que não foi nada assim tão demais, porque ele não tem muitos diálogos, e o maior trabalho dele deve ter sido nas expressões de dor, esforço e angustia durante as sessões de tortura que seu “mentor” o fazia passar.


O que é bacana e vale mencionar, é que o ator estava acostumado a comédias adolescentes, onde ele era o cara divertidão e maroto, e recentemente começou a encarar papéis diferentes como na saga divergente. Mas nesse caso ele é totalmente o contrário. Parabéns Miles, e ficaremos de olho em você no reboot do quarteto fantástico e na sua atuação como sr. Fantástico!

E enquanto Miles ainda vai encarar um papel de super heróis, o “vilão” do filme Whiplash já fez pressão no nosso amigo da vizinhança (homem aranha). Terence Fletcher é interpretado por J.K, Simmons, o chefe do homem aranha. É difícil notar de primeira porque o cara tirou a cabeleira grisalha. Simmons ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante, e não é pra menos. Ele realmente pega tão pesado com os integrantes da banda, que te deixa com raiva dele e pensando “cara, pega leve, não precisa de tanto”. Mas depois que Terence revela qual a sua filosofia pra que ele faça isso, ele também te faz ficar pensando se ele não tem razão no final das contas. Para Fletcher não existe palavras mais nocivas do que “Bom Trabalho”.



E pelo jeito dá certo, pois pelo menos o Andrew, se acaba de ensaiar até que suas mãos comecem a sangrar (e você reclamando dos calos que as cordas do violão fazem). 





A última sequencia do filme é muito tensa. Fletcher vai dar seu último golpe no Andrew, o fazendo tocar numa apresentação com a banda, mas uma musica que ele não conhecia. Andrew passa uma super vergonha, sai do palco, abraça seu pai, e depois volta para dar o troco no maestro. Whiplsash pode ser o nome do filme, mas Caravan é a musica da vez, e com certeza é a mais difícil. Andrew que já não tem mais nada a perder destrói na sua apresentação! E quando todos acham que a musica acabou, ele começa seu “solinho” hahahaha. O cara viaja, é ele e a bateria, e nessa hora o próprio Fletcher entra em êxtase e incentiva o garoto a continuar, até a cena derradeira onde depois de dar o seu máximo, Andrew olha para Terence, e esse só da um pequeno sorriso e um leve aceno com a cabeça, e pro baterista, que o filme inteiro sofreu e foi cobrado pelo professor que nunca elogiou nenhum aluno, aquilo é a redenção!




Sim, esse foi o sorriso do Fletcher! hahahaha



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